O Ministério da Saúde e o BNDES vão investir R$ 7,5 milhões para montar a Rede Nacional de Desenvolvimento e Inovação de Fármacos Anticâncer (Redefac), segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (26). A rede vai articular centros de referência em farmacologia, pesquisa clínica e não-clínica para direcionar suas atividades ao setor oncológico, com o objetivo de estimular a produção nacional de tecnologias terapêuticas inovadoras na área, diminuir a dependência do mercado externo e elevar a competitividade da indústria brasileira.
O sistema será administrado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e composta por grupos de pesquisa e desenvolvimento ligados a instituições públicas brasileiras, tais como Fiocruz, BNDES, Laboratório Nacional de Biociências e Finep. A gestão da rede também contará com o apoio da Fundação Ary Frauzino para Pesquisa e Controle do Câncer (FAF), entidade filantrópica privada, sem fins lucrativos, cujo objetivo é apoiar o Inca na Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
“Esta iniciativa representa a entrada do Brasil na produção de tratamentos inovadores para o câncer, sendo hoje os principais os biológicos, destacando-se os anticorpos monoclonais. O nosso objetivo principal é facilitar o acesso da população ao que há de mais moderno em saúde, com o melhor custo-benefício”, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha.
A Redefac vai estabelecer uma política priorizando o potencial translacional de projetos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos anticâncer, monitorar e apoiar a proteção intelectual de resultados desses projetos e incentivar e negociar a transferência de tecnologias. Além disso, implementará programas de capacitação de recursos humanos voltados para oncologia.
Segundo informações do Ministério da Saúde, são investidos R$ 2,5 bilhões por ano em pesquisa e produção nacional de produtos oncológicos.