Já é possível rastrear medicamentos no Brasil
Código de barras permite controlar casos de fraude, contrabando e roubo de cargas
da Redação
O Sistema de Rastreabilidade de Medicamento, que demorou 4 anos a ser implementado, utiliza o código bidimensional Datamatrix que as embalagens de medicamentos deverão conter e permitirá a identificação do local e data da produção, forma de distribuição e ponto de comercialização.
O código bidimensional traz melhorias em relação ao código de barras convencional, que contém apenas um número, visto que pode armazenar diversas informações ao mesmo tempo, inclusive o IUM (Identificador Único de Medicamento) da caixinha que em um banco de dados armazenará o histórico e trajetória do produto, desde a sua produção até a entrega ao consumidor.
O processo implica profundas mudanças processuais, tecnológicas e culturais em toda a cadeia de suprimentos da indústria farmacêutica.
O conjunto de informações permitirá o monitoramento completo dos medicamentos brasileiros, evitando, por exemplo, o seu comércio clandestino ou a sua falsificação.
A farmacêutica nacional Libbs realizou o primeiro teste da ferramenta e já tem dois lotes pilotos rastreáveis impressos, de um total de três.
A demonstração do funcionamento da primeira plataforma de rastreabilidade de medicamentos decorreu no laboratório Libbs e estiveram presentes o Ministro da Saúde Arthur Chioro, o Prefeito de Embu das Artes, Chico Brito; o Diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano; o Presidente do Conselho de Administração da Libbs, Álvaro Athaíde; o Presidente-executivo da Libbs, Alcebíades Athaíde Júnior, além de representantes das diversas organizações do setor regulado e profissionais da área da saúde.
Alcebíades de Mendonça Athayde Junior, presidente executivo da farmacêutica afirma que “a Libbs está sendo pioneira neste processo porque acreditamos que o sistema de rastreabilidade leva a uma gestão mais eficaz em toda a cadeia da indústria farmacêutica e representa mais segurança para o consumidor”.
A criação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos foi instituída em 2009 e a Anvisa é responsável por promover a articulação entre os setores envolvidos e usuários do Sistema e criar os critérios e parâmetros técnicos para sua implantação. A agência comanda o comitê gestor formado por 25 entidades públicas, privadas e do terceiro setor.
Até dezembro de 2015, todos os laboratórios farmacêuticos deverão colocar no mercado pelo menos três lotes rastreáveis. A partir de dezembro de 2016, todo o mercado farmacêutico deverá ter os mecanismos de rastreamento.