Ministro da Saúde sinaliza o fim do programa Mais Médicos
Ricardo Barros afirmou que o programa é provisório e a contratação de médicos é prerrogativa dos municípios
Da redação
São Paulo – O ministro da Saúde Ricardo Barros, afirmou, nesta quinta-feira (21), em entrevista à Folha de S.Paulo, que o Mais Médicos é um programa provisório. Segundo o ministro do governo interino, a contratação de médicos cabe aos municípios, e não ao governo federal. No entanto, Barros não determinou prazo para o fim do programa. Com informações da Folha de S. Paulo.
A declaração é contraria à posição do governo Dilma Rousseff, que pretendia estender o programa até 2026, quando estariam concluídas as metas para formação de novos profissionais. "Por que vou ter um contingente de médicos no governo federal se não é minha responsabilidade e se o sistema de saúde é descentralizado?", questionou Barros
O ministro também espera que os profissionais cubanos que atuam no programa sejam substituídos por brasileiros. Ele afirma que convidou o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira – que já se posicionou contra o programa – para prepararem um edital com novas medidas que incentivem os brasileiros a ocupar vagas em cidades mais distantes, onde hoje a maioria é de cubanos.
Dos 18.240 profissionais que atuam no Mais Médicos, 11.429 são cubanos, e cerca de 20% deles devem ser substituídos em novembro.