Aplicativo para consultas em casa deverá ter registro em conselho e arquivar prontuários
Apps conhecidos como 'Uber de médicos' deverão seguir uma série de regras, entre elas o registro no CFM
Da redação
O Conselho Federal de Medicina (CFM) vai publicar essa semana uma série de regras para os aplicativos que conectam pacientes a médicos para consultas domiciliares. De acordo com o órgão, essas empresas que controlam os aplicativos deverão realizar inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de onde atuam, arquivar prontuários de atendimento e ter um diretor técnico médico.
Os aplicativos também só poderão oferecer o serviço de especialistas que comprovem a formação na área, com residência médica na especialidade escolhida e que obtiveram registro de qualificação. O CFM ainda destacou que “o ato visa a assegurar que as informações coletadas em diferentes consultas possam ser usadas por outros médicos, permitindo o acompanhamento de tratamentos”.
Segundo o conselho, é o profissional que responderá, em última instância, pela qualidade do atendimento. Caberá a ele, também, assegurar que todo médico anunciado pela plataforma seja inscrito no CRM e observe o cumprimento dos critérios para o exercício ético da função. Os aplicativos não poderão divulgar valores de consultas em anúncios promocionais, seguindo as regras de publicidade médica. Ainda de acordo com o CFM, o principal aplicativo de consultas domiciliares do País tem 2,7 mil médicos cadastrados e promove mil atendimentos domiciliares por mês.