Um novo gigante está para se formar no mercado da saúde brasileiro. A Pague Menos, terceira maior rede de farmácias do país, e a Ultrafarma, varejista de atuação na venda de medicamentos online, estão negociando uma possível fusão. A movimentação é em decorrência da recente consolidação do mercado, motivado pela união de rivais de peso das duas organizações.
Segundo informações do Valor Econômico, o presidente da Ultrafarma, Sidney Oliveira, tem se encontrado com o presidente da Pague Menos, Deusmar de Queirós, com certa frequência nas últimas semanas para acertar detalhes da união dos negócios. O último encontro foi na cidade sede da Pague Menos, Fortaleza, no sábado (17). Os detalhes da negociação ainda são desconhecidos.
Questionado sobre a possível fusão, Queirós afirmou ser amigo de Oliveira há muitos anos, sem tecer mais nenhum comentário. O gestor da Ultrafarma não se manifestou sobre o assunto.
Somadas, ambas formam um negócio que deve vender cerca de R$ 3 bilhões – sendo R$ 2,8 bilhões estimados para a Pague Menos neste ano e R$ 400 milhões da Ultrafarma. A previsão é de que a participação de mercado das duas juntas atinja 7,8%.
Em um período em que a Pague Menos se prepara para abrir capital na bolsa de valores, a fusão pode ser o primeiro passo para a empresa ganhar força em São Paulo e se aproximar das concorrentes Drogarias DPSP, líder no mercado, e a Raia Drogasil, segunda no ranking.
No mesmo estado, a Ultrafarma vende 80% dos seus produtos, com uma política de preços classificada como agressiva, com promoções do tipo “pague dois e leve três”, além de forte exposição na imprensa e trabalho voltado para os aposentados.