As operadoras de planos de saúde fizeram reajustes de até 23% nos últimos seis meses para os contratos novos individuais. Os valores considerados são de novembro de 2011 e abril deste ano. No mesmo período, o Índice do Custo de Vida (IVC), medido pelo Dieese, em São Paulo, foi de 3,97%. O levantamento foi feito pelo "Jornal da Tarde", de São Paulo.
O maior aumento, segundo o levantamento do jornal foi no plano básico da Intermédica (Max 200), que foi reajustado em 23%. Já a Greenline não aumentou o valor do seu plano Classic.
De acordo com as empresas, o reajuste acontece para cobrir a alta dos custos e diminuir o achatamento das margens de lucro nos anos seguintes. Depois que o plano é contratado, os reajustes passam a ser anuais e controlados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Como os reajustes são menores, porque são determinados pela ANS, os preços iniciais são mais elevados. Quem comprou um plano há quatro anos se deu bem, pois já houve vários aumentos do rol de procedimentos, mas os reajustes não acompanharam”, afirma Arlindo de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).
A ANS afirma que não estipula preços a serem praticados pelas operadoras, seja para planos coletivos ou individuais. Porém, a regra estabelecida pelo órgão exige que a operadora elabore uma nota técnica atuarial de precificação para cada um de seus planos como pré-requisito para a concessão do registro de planos e manutenção de sua comercialização.
Segundo a reportagem, as empresas foram procuradas para se manifestar sobre os reajustes, mas apenas a Unimed Paulistana respondeu, afirmando que "o reajuste foi para repor a defasagem dos custos médico-hospitalares dos planos individuais/familiares, baseado índice de variação dos custos médico-hospitalares da Unimed Paulistana".